Thursday, August 24, 2006

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eu não mando nos meus sentimentos
e nem nas minhas reações
"ou você controla seus atos
ou eles te controlarão"
mas são através deles
que eu mostro quem eu realmente sou
e eu sei quem eu sou
e sei da dor e da delícia
disso e de suas conseqüências.
toda ação tem uma reção
e ainda bem que é assim
porque eu não gostaria de ser alguém
que não demonstrasse reação nenhuma
perante o que lhe desagrada
a delícia disso: saber expressar
tudo que se passa dentro de mim
e tentar com isso ser respeitada
mesmo muitoas vezes não conseguindo.
a dor: machucar quem não é como eu
logo,
eu machuco o mundo inteiro...

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Escrito por ballerina às 7:32 PM

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Friday, August 18, 2006

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"que nada nos altere
que nada nos pertube
pois tudo passa
mas nós permanecemos"

esse virou o "mantra" do nosso grupo de ballet contemporâneo
pois era repetido todo fim de aula pela nossa professora, a Menara
e antes de entrarmos no palco também
e agora ela vai fazer mestrado na Espanha
e vai ficar 2 anos longe da gente
mas vai ser ótimo pra ela!
então é isso
que nada nos altere...

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Escrito por ballerina às 12:07 PM

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Wednesday, August 16, 2006

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Escrevo pela simples necessidade de deixar marcado aquilo que penso. Escrevo por achar que, assim, saberei me expressar, transmitir pensamentos e ser respeitada por idéias.
Ninguém ouve aquele que não tem muito a dizer, mas qualquer um sabe falar desenfreadamente. E é voz que sai apenas da garganda, sem concentimento racional, sem senso.
Acho que as pessoas não conhecem o real poder das palavras porque, se conhecessem, ponderariam sistematicamente suas sílabas, suas frases, seus discursos épicos sem o menor cunho ou importância. E, além disso, parariam para escutar com atenção aqueles que se dispõem a compartilhar de algo útil, e não apenas sons para cessar o silêncio.
Já reparou como as pessoas se incomodam com o silêncio? Tem sempre alguém para quebrá-lo, o que na maioria das vezes ocorre com um comentário desnecessário: "que silêncio!".
As pessoas se incomodam com o silêncio porque, ao se depararem com ele, descobrem a si mesmas e isso gera pensamentos. Mas ninguém quer pensar. Quanto menos se pensa, menos dúvidas se tem. Sem dúvidas, tem-se a sensação de que tudo se sabe, o que parece afastar qualquer tipo de problema ou discussão. Como dizia a minha mãe, "a famosa lei do menor esforço", pois esquecer, ignorar e engolir é muito mais cômodo, nos poupa tempo, cabelo e saliva.
Niguém quer contestar, por medo de parecer chato. Ninguém quer reclamar, por medo de estar comprando briga. Niguém quer pensar, e acham que o que já foi pensado até hoje já está bom demasis.
E, assim, as pessoas perderam a capacidade de falar, ouvir, ler e escrever coisas que a façam evoluir, abrir os olhos, refletir. Perderam a capacidade de pensar, se expressar, tentar dizer algo de valor. E perderam também a capacidade de valorizar aqueles que tentam passar idéias, pensamentos e revoluções a diante.
Em face do que realmente interessa, o homem está mudo, surdo, cego. O homem está morto e, com sempre, esquece, ignora e engole essa sa morte.

Escrito por ballerina às 1:55 PM

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Tuesday, August 15, 2006

Confissão de madrugada

Era tarde, mas o sono não vinha. Ela tivera um dia cansativo, o que justificava a dor nas pernas e na coluna. Na mesinha de cabeceira, uma foto desles dois, uma flor em um copo e um terço. Como ela gostava de estar sozinha naquele momento...O silêncio, o escuro. Nada importava agora: nem a dor nas pernas, nem a fome, nem a insônia. As lembranças que a tomavam conta eram muito mais fortes do que qualquer coisa que pudesse a abalar. Eram vivas, preciosas. Ela parecia se recordar de tudo: aquele cheiro de tarde de outono, o sol fazendo uma diagonal perfeita por entre as folhas de sua árvore preferida, o esmalte vermelho descacado que ela tentava esconder e o sorriso no rosto dele que ela tabto gostava. Ah, aquele sorriso...Seria felicidade? Seria nervosismo? Seria vergonha? Ela não sabia ao certo, mas sabia da proteção que sentia ao vê-lo. Agora, no escuro, ela se recordava da luz que sentia ao ver aquele sorriso. Sim, ela sentia a luz agora também. O quarto, até então escuro, agora se iluminava, nos pensamentos dela. Tudo estava lá ainda, dentro dela, como se fosse presente. E ela abraçava o travisseiro, iluminada pelas lembranças daquela tarde de outono que lhe traziam conforto. Era madrugada. Ela sentia dor, ela sentia fome, ela não conseguia dormir. Mas ali, abraçada ao travisseiro, um sorriso discreto ela esboçava. E ela estava bem, enfim.

Escrito por ballerina às 3:48 PM

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Nome: Mariela
Cidade: Vitória

"Mas a verdade, a verdade verdadeira que eu falar não posso, aquilo que representa o real desejo do meu coração, seria abrir os braços para o mundo, olhar para ele bem de frente e lhe dizer na cara: Te dana! Sim te dana, mundo velho. Ao planeta com todos os seus homens e bichos, ao continente, ao país, ao Estado, à cidade, à população, aos parentes, amigos e conhecidos: danem-se! Danem-se que eu não ligo, vou pra longe me esquecer de tudo, vou a Pasárgada ou a qualquer outro lugar, vou-me embora, mudo de nome e paradeiro, quero ver quem é que me acha. " - Cecília Meireles

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