Friday, April 21, 2006

Sobre mim e mais nada.


enxergo coisas onde não há nada
e fecho os olhos pro que deveria ver
minha imaginação me leva a situações em que eu não desejaria estar
e a loucura na qual eu me perco não me permite ver que a realidade é a melhor coisa
quero me encontrar
e insisto em continuar perdida
é melhor começar a se despreocupar e voltar a viver feliz
porque, ser feliz, eu já sou
agora só falta praticar...
que tal começar pedindo perdão?!??!?!?




foto: namorado, de novo.

Escrito por ballerina às 6:30 PM

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Thursday, April 20, 2006

Virando "poeta brega" na físico - química

As bocas que se amam em beijos
os beijos que se amam em saliva
a saliva que ama em calor
o calor que envolve os amantes
os amantes que dão os abraços
os abraços que apagam a dor
a dor que se converte em lágrimas
as lágrimas que banham as faces
as faces que expressam o amor
o amor que aquece o peito
o peito que abriga o coração
o coração que pulsa a vida
a vida que não se entende
o entendimento que sempre se busca
a busca que sempre falha
a falha que nunca vai
a ida que nunca chega
a chegada que sempre demora
a demora que sempre se espera
a espera que deixa saudade
a saudade que sempre fica
e que nunca acaba...

.

Escrito por ballerina às 1:15 PM

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Tuesday, April 18, 2006

Como criança


Hoje o dia amanheceu cinza: tudo era feio, tudo era angústia, tudo era escuro. O cinza foi a razão principal pela qual eu acordei com vontade de dormir por mais três dias seguidos. Acordar, engolir o café amargo, prender o cabelo num rabo - de - cavalo mal feito e calçar o tênis sujo seriam apenas as tarefas menos chatas a se cumprir nessa terça feira non grata: ainda teria 4 horas de química orgânica, ainda teria o maldito ar condicionado me fazendo tremer, aidna teria o dia inteiro de mau humor. Mas até que eu estava enganada. pegar um ônibus que passeou pela orla da ilha, ver as gotas de chuva cair nas lentes do meu óculos de grau e andar, no frio e sem pressa, fingindo se equilibrar nas linhas da calçada foram a cura de qualquer tédio ou marasmo que eu sentia. E eu me pus a pensar como situações tão insignificantes em outros momentos se tornaram tão eficazes agora. Mas, quer saber? Isso é até bom: ninguém é feliz quando só sorri com o "muito". Ainda bem, pois eu tinha toda uma terça - feira pela frente...!


Foto pelo meu namorado: http://danieltg.deviantart.com , mas que está na galeria velha: http://illidan666.deviantart.com

Escrito por ballerina às 1:08 PM

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Wednesday, April 12, 2006

Gota D'água


Tudo está na natureza, encadeado e em movimento - cuspe, veneno, tristeza, carne,
moinho, lamento, ódio, dor, cebola e coentro, gordura, sangue, frieza. Isso tudo está no centro de uma mesma e estranha mesa. Misture cada elemento - uma pitada de dor, uma colher de fomento, uma gota de terror. O suco dos sentimentos,
raiva, medo ou desamor, produz novos condimentos, lágrima, pus e suor. Mas inverta o segmento, intensifique a mistura, temperódio, lagrimento, sangalho com tristezura, carnento, venemoinho, remexa tudo por dentro, passe tudo no moinho,
moa a carne, sangre o coentro, chore e envenene a gordura. Você terá um ungüento,
uma baba, grossa e escura, essência do meu tormento e molho de uma fritura de paladar violento que, engolindo, a criatura repara o meu sofrimento co'a morte, lenta e segura. Eles pensam que a maré vai mas nunca volta. Até agora eles estavam comandando o meu destino e eu fui, fui, fui, fui recuando, recolhendo fúrias. Hoje eu sou onda solta e tão forte quanto eles me imaginam fraca. Quando eles virem invertida a correnteza, quero saber se eles resistem à surpresa,
quero ver como eles reagem à ressaca. [...]

extraído da peça "Gota D'água", por Chico Buarque e Paulo Pontes.

Escrito por ballerina às 1:05 PM

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Monday, April 10, 2006

.

Eu sou uma pessoa complexa a ponto de escrever, escrever e escrever e não ter conseguir expressar o que eu penso. Mas, apesar disso, a única vontade que sinto no momento é preencher uma folha em branco de pensamentos, sentimentos, palavras. O professor faz contas estequiométricas aqui na frente, mas eu já tenho a impressão de dominar aquilo tudo. São números, afinal. E seria muito bom se tudo na minha vida fosse fundado em números. Tudo seria lógico, obejtivo, perfeito. Mas a realidade é diferente: não há nada de óbvio, o subjetivo impera e os sentimentos são. Aceitá - los, então? Deve ser o melhor a se fazer. Mas, recomendo cautela. Ok? Ok!

Escrito por ballerina às 5:33 PM

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Nome: Mariela
Cidade: Vitória

"Mas a verdade, a verdade verdadeira que eu falar não posso, aquilo que representa o real desejo do meu coração, seria abrir os braços para o mundo, olhar para ele bem de frente e lhe dizer na cara: Te dana! Sim te dana, mundo velho. Ao planeta com todos os seus homens e bichos, ao continente, ao país, ao Estado, à cidade, à população, aos parentes, amigos e conhecidos: danem-se! Danem-se que eu não ligo, vou pra longe me esquecer de tudo, vou a Pasárgada ou a qualquer outro lugar, vou-me embora, mudo de nome e paradeiro, quero ver quem é que me acha. " - Cecília Meireles

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